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Chico Xavier

Francisco Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier (Pedro Leopoldo-MG, 2 de abril de 1910 – Uberaba-MG, 30 de junho de 2002), foi um médium, filantropo e um dos um dos expoentes da Doutrina Espírita. Ele desenvolveu diversos trabalhos de caridade com um exemplar exercício da mediunidade. Um exemplo de amor e abnegação.  

Durante sua humilde infância em Pedro Leopoldo, Chico Xavier passou por diferentes provações, mas também por grandes ensinamentos, que lhe renderam paciência, resiliência e humildade, virtudes que o acompanharam em toda a sua história. 

Era filho do operário João Cândido Xavier e da doméstica Maria João de Deus. A desencarnação de sua mãe, deu-se a 29 de setembro de 1915, quando Chico tinha apenas 5 anos. Dos nove filhos (Maria Cândida, Luzia, Carmosina, José, Maria de Lourdes, Chico, Raimundo, Maria da Conceição e Geralda), seis foram entregues a padrinhos e amigos.

Chico sofreu muito em companhia de sua madrinha. Conta ele, que apanhava três vezes por dia, com vara de marmelo. O pai de Chico casou-se novamente.  Desta feita, com Cidália Batista, advieram mais seis filhos (André Luiz, Lucília, Neusa, Cidália, Doralice e João Cândido).
Por essa ocasião, deu-se o seu retorno à companhia do pai, dos irmãos e de sua segunda mãe dona Cidália, que tratava a todos com muito carinho. Estudou até o primário, como se dizia antigamente. Trabalhou a partir dos oito anos de idade, das 15h às 2h, numa fábrica de tecidos.
Católico até o ano de 1927, tinha como orientador religioso o Padre Sebastião Scarzelli. Com a obsessão de uma de suas irmãs, a família teve que recorrer ao casal de espíritas, Sr. José Hermínio Perácio e dona Carmem Pena Perácio, que após algumas reuniões e o esforço da família do Chico, viu-se curada. A partir daí, foi mantido o Culto do Evangelho no Lar, até que, naquele ano de 1927, o Chico, respeitosamente, despediu-se do bondoso padre, que lhe desejou amparo e proteção no novo caminho. (...)
No ano de 1927, funda na cidade, junto com outras pessoas, o Centro Espírita Luiz Gonzaga. Em 1932, aos 21 anos, entrega a Federação Espírita Brasileira (FEB) seu primeiro trabalho como psicógrafo, a obra Parnaso de além-túmulo
Em 1944, Chico Xavier, através do advogado Dr. Miguel Timponi, em co-autoria com a FEB, inicia contestação à ação declaratória movida pela Sra. Dª. Catharina Vergolino de Campos, viúva do famoso escritor desencarnado Humberto de Campos.
Sob a fundamentação de ser necessário concluir efetivamente a obra psicografada pelo Chico, como sendo do notável escritor patrício, Humberto, após sua desencarnação. Ao final desse longo pleito, que contou com críticos literários dos mais consagrados, concluiu-se ser autêntica a obra em questão (ver o assunto completo no livro "A Psicografia ante os Tribunais, de autoria do advogado Dr. Miguel Timponi - Ed. FEB).
Dos quatro empregos em que esteve em 32 anos, trabalhou também na Escola Modelo do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo, até 1959, quando se transferiu para Uberaba (MG). 

Chico sempre se sustentou com seu modesto salário, não onerando a ninguém. Aposentou-se como datilógrafo subordinado ao Ministério da Agricultura. Como médium, ganhava, dos mais simples aos mais valorizados presentes (canetas, fazendas, carros), mas, de tudo se desfazia educadamente.
Chico Xavier psicografou mais de 400 livros, que venderam milhões de exemplares. Os direitos autorais das obras foram cedidos para instituições de caridade. Este acervo é constituído de diversos gêneros de literatura, tais como poemas e poesias, contos e crônicas, romances, obras de caráter científico, filosófico e religioso. 
Também psicografou cerca de dez mil cartas, nunca tendo cobrado algo em troca.
Em seus 92 anos de vida, inspirou a criação de diversas casas de apoio, creches e escolas em todo o Brasil. Seu legado inclui cartas e mensagens de amor e caridade, que o alçaram a uma das figuras mais representativas do povo brasileiro.
De personalidade bondosa, se dedicou ao auxílio aos mais necessitados.
O trabalho em benefício do próximo possibilitou ao médium a indicação ao Prêmio Nobel da Paz de 1981. Ao longo de seus 75 anos de mandato mediúnico tornaram-se incontáveis os títulos honoríficos a que fez jus.

Seu legado ultrapassou as barreiras religiosas, tornando-se sendo uma das personalidades mais admiradas e aclamadas no país, ressaltado principalmente por um forte altruísmo. Foi sepultado com honras militares debaixo de uma chuva de pétalas de rosas.

Fonte: Adaptado de:
https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/06/Francisco-Candido-Xavier.pdf
 Acesso em: 12 de nov. de 2023;  e de: 
https://www.febnet.org.br/portal/2023/04/02/nascimento-de-francisco-candido-xavier-2-de-abril-de-1910-2/
 Acesso em: 12 de nov. de 2023;